“Eu imagino Deus como a fonte de toda a energia que criou e que mantém o equilíbrio do universo.
Eu vejo Deus na flor, e na abelha que suga o néctar da flor para produzir o mel.
Eu vejo Deus no pássaro que devora a abelha, e no homem que devora o pássaro, e no verme que devora o homem.
Eu vejo Deus em cada estrela no céu, nas minhas noites nas pousadas, e nos olhos tristes de cada boi, ruminando na invernada.
Eu só não vejo Deus é no homem que devora o homem, por isso acho que ainda tenho muito que aprender nesses caminhos da vida.”
Benedito Ruy Barbosa
sexta-feira, 30 de outubro de 2009
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
Rosa
Tu és, divina e graciosa
Estátua majestosa do amor
Por Deus esculturada
E formada com ardor
Da alma da mais linda flor
De mais ativo olor
Que na vida é preferida pelo beija-flor
Se Deus me fora tão clemente
Aqui nesse ambiente de luz
Formada numa tela deslumbrante e bela
Teu coração junto ao meu lanceado
Pregado e crucificado sobre a rósea cruz
Do arfante peito seu
Tu és a forma ideal
Estátua magistral oh alma perenal
Do meu primeiro amor, sublime amor
Tu és de Deus a soberana flor
Tu és de Deus a criação
Que em todo coração sepultas um amor
O riso, a fé, a dor
Em sândalos olentes cheios de sabor
Em vozes tão dolentes como um sonho em flor
És láctea estrelaÉs mãe da realeza
És tudo enfim que tem de belo
Em todo resplendor da santa natureza
Perdão, se ouso confessar-te
Eu hei de sempre amar-te
Oh flor meu peito não resiste
Oh meu Deus o quanto é triste
A incerteza de um amor
Que mais me faz penar em esperar
Em conduzir-te um dia
Ao pé do altar
Jurar, aos pés do onipotente
Em preces comoventes de dor
E receber a unção da tua gratidão
Depois de remir meus desejos
Em nuvens de beijos
Hei de envolver-te até meu padecer
De todo fenecer
Pixinguinha/Otávio de Souza
Estátua majestosa do amor
Por Deus esculturada
E formada com ardor
Da alma da mais linda flor
De mais ativo olor
Que na vida é preferida pelo beija-flor
Se Deus me fora tão clemente
Aqui nesse ambiente de luz
Formada numa tela deslumbrante e bela
Teu coração junto ao meu lanceado
Pregado e crucificado sobre a rósea cruz
Do arfante peito seu
Tu és a forma ideal
Estátua magistral oh alma perenal
Do meu primeiro amor, sublime amor
Tu és de Deus a soberana flor
Tu és de Deus a criação
Que em todo coração sepultas um amor
O riso, a fé, a dor
Em sândalos olentes cheios de sabor
Em vozes tão dolentes como um sonho em flor
És láctea estrelaÉs mãe da realeza
És tudo enfim que tem de belo
Em todo resplendor da santa natureza
Perdão, se ouso confessar-te
Eu hei de sempre amar-te
Oh flor meu peito não resiste
Oh meu Deus o quanto é triste
A incerteza de um amor
Que mais me faz penar em esperar
Em conduzir-te um dia
Ao pé do altar
Jurar, aos pés do onipotente
Em preces comoventes de dor
E receber a unção da tua gratidão
Depois de remir meus desejos
Em nuvens de beijos
Hei de envolver-te até meu padecer
De todo fenecer
Pixinguinha/Otávio de Souza
terça-feira, 6 de outubro de 2009
“Não pretendamos que as coisas mudem se sempre fazemos o mesmo. A crise é a melhor benção que pode acontecer a pessoas e a países, porque a crise traz progressos. A criatividade nasce da angústia, como o dia nasce da noite escura. É na crise que nascem as invenções, os descobrimentos e as grandes estratégias. Quem supera a crise, se supera sem ficar superado”.
Albert Einstein
Albert Einstein
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
AMAR É UM JEITO PRÓPRIO DE SENTIR
É aquele jeito jeitoso
que a gente sente quando
nossa mãe nos pega no colo
e nos cobre de carinho.
É o jeitinho gostoso
de ter alguém que nos ouve
com paciência, e nunca dá
sinal de estar se cansando
com a conversa da gente.
É o jeito feliz que
domina a gente quando,
com jeito, tratamos
de um passarinho machucado...
ou damos comida a um gatinho abandonado...
ou acalmamos um potrinho assustado.
O amor surge nas horas mais inesperadas:
no breve momento em que
descobrimos, em silêncio,
uma simples coisa bonita
ou quando olhamos um pássaro
sumir no alto do céu
atrás de um azul mais puro...
quando vemos uma flor solitária
que ninguém mais soube ver...
ou quando achamos um cantinho
calmo, bem a jeito da gente,
e aí ficamos pensando.
O amor começa nas coisas mais pequenas:
pode começar no dia
em que, pela primeira vez,
fazemos confidências a alguém...
ou quando a gente ajuda
a quem precisa de nós.
Também começa o amor
quando, mesmo sem palavras,
sabe alguém que sentimentos
está outro alguém sentindo.
O amor vem devagar
e, no entanto, é de repente
quando a gente o sente chegar.
Já não estamos mais sozinhos
e em nós já não há
tristeza nenhuma.
O amor é um sentimento feliz
que fica no coração
por toda a vida.
Joan Walsh Anglund
adap.: Maria Clara Machado
que a gente sente quando
nossa mãe nos pega no colo
e nos cobre de carinho.
É o jeitinho gostoso
de ter alguém que nos ouve
com paciência, e nunca dá
sinal de estar se cansando
com a conversa da gente.
É o jeito feliz que
domina a gente quando,
com jeito, tratamos
de um passarinho machucado...
ou damos comida a um gatinho abandonado...
ou acalmamos um potrinho assustado.
O amor surge nas horas mais inesperadas:
no breve momento em que
descobrimos, em silêncio,
uma simples coisa bonita
ou quando olhamos um pássaro
sumir no alto do céu
atrás de um azul mais puro...
quando vemos uma flor solitária
que ninguém mais soube ver...
ou quando achamos um cantinho
calmo, bem a jeito da gente,
e aí ficamos pensando.
O amor começa nas coisas mais pequenas:
pode começar no dia
em que, pela primeira vez,
fazemos confidências a alguém...
ou quando a gente ajuda
a quem precisa de nós.
Também começa o amor
quando, mesmo sem palavras,
sabe alguém que sentimentos
está outro alguém sentindo.
O amor vem devagar
e, no entanto, é de repente
quando a gente o sente chegar.
Já não estamos mais sozinhos
e em nós já não há
tristeza nenhuma.
O amor é um sentimento feliz
que fica no coração
por toda a vida.
Joan Walsh Anglund
adap.: Maria Clara Machado
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
III
Agora que sinto amor
Tenho interesse nos perfumes
Nunca antes me interessou que uma flor tivesse cheiro.
Agora sinto o perfume das flores como se visse uma coisa nova.
Sei bem que elas cheiravam , como sei que existia.
São coisas que se sabem por fora.
Mas agora sei com a respiração da parte de trás da cabeça.
Hoje as flores sabem-me bem num paladar que se cheira.
Hoje às vezes acordo e cheiro antes de ver.
Fernando Pessoa
Tenho interesse nos perfumes
Nunca antes me interessou que uma flor tivesse cheiro.
Agora sinto o perfume das flores como se visse uma coisa nova.
Sei bem que elas cheiravam , como sei que existia.
São coisas que se sabem por fora.
Mas agora sei com a respiração da parte de trás da cabeça.
Hoje as flores sabem-me bem num paladar que se cheira.
Hoje às vezes acordo e cheiro antes de ver.
Fernando Pessoa
DANÇA DA SOLIDÃO
Solidão é lava que cobre tudo
Amargura em minha boca
Sorri seus dentes de chumbo
Solidão palavra cavada no coração
Resignado e mudo
No compasso da desilusão
Desilusão, desilusão
Danço eu dança você
Na dança da solidão
Camélia ficou viúva, Joana se apaixonou
Maria tentou a morte, por causa do seu amor
Meu pai sempre me dizia, meu filho tome cuidado
Quando eu penso no futuro, não esqueço o meu passado
Quando vem a madrugada, meu pensamento vagueia
Corro os dedos na viola, contemplando a lua cheia
Apesar de tudo existe, uma fonte de água pura
Quem beber daquela água não terá mais amargura.
Paulinho da Viola
Amargura em minha boca
Sorri seus dentes de chumbo
Solidão palavra cavada no coração
Resignado e mudo
No compasso da desilusão
Desilusão, desilusão
Danço eu dança você
Na dança da solidão
Camélia ficou viúva, Joana se apaixonou
Maria tentou a morte, por causa do seu amor
Meu pai sempre me dizia, meu filho tome cuidado
Quando eu penso no futuro, não esqueço o meu passado
Quando vem a madrugada, meu pensamento vagueia
Corro os dedos na viola, contemplando a lua cheia
Apesar de tudo existe, uma fonte de água pura
Quem beber daquela água não terá mais amargura.
Paulinho da Viola
terça-feira, 22 de setembro de 2009
QUEM SABE ISSO QUER DIZER AMOR
Cheguei a tempo de te ver acordar
Eu vim correndo a frente do sol
Abri a porta e antes de entrar,revi a vida inteira
Pensei em tudo que é possível falar
Que sirva apenas para nós dois
Sinais de bem desejos vitais
Pequenos fragmentos de luz
Falar da cor dos temporais
De céu azul das flores de abril
Pensar além do bem do mal
Lembrar de coisas que ninguém viu
O mundo lá sempre a rodar
Em cima dele tudo vale
Quem sabe isso quer dizer amor,estrada de fazer o sonho acontecer
Pensei no tempo e era tempo demais
E você olhou sorrindo pra mim
Me acenou um beijo de paz
Virou minha cabeça
Eu simplesmente não consigo parar
Lá fora o dia já clareou
Mas se você quiser transformar
O ribeirão em braço de mar
Você vai ter que encontrar
Aonde nasce a fonte do ser
E perceber meu coração
Bater mais forte só por você
O mundo lá sempre a rodar
Em cima dele tudo vale
Quem sabe isso quer dizer amor,estrada de fazer o sonho acontecer...
Milton Nascimento
Eu vim correndo a frente do sol
Abri a porta e antes de entrar,revi a vida inteira
Pensei em tudo que é possível falar
Que sirva apenas para nós dois
Sinais de bem desejos vitais
Pequenos fragmentos de luz
Falar da cor dos temporais
De céu azul das flores de abril
Pensar além do bem do mal
Lembrar de coisas que ninguém viu
O mundo lá sempre a rodar
Em cima dele tudo vale
Quem sabe isso quer dizer amor,estrada de fazer o sonho acontecer
Pensei no tempo e era tempo demais
E você olhou sorrindo pra mim
Me acenou um beijo de paz
Virou minha cabeça
Eu simplesmente não consigo parar
Lá fora o dia já clareou
Mas se você quiser transformar
O ribeirão em braço de mar
Você vai ter que encontrar
Aonde nasce a fonte do ser
E perceber meu coração
Bater mais forte só por você
O mundo lá sempre a rodar
Em cima dele tudo vale
Quem sabe isso quer dizer amor,estrada de fazer o sonho acontecer...
Milton Nascimento
domingo, 20 de setembro de 2009
HUMILDADE
"O verme pisado encolhe-se. Atitude inteligente. Com isso reduz a probabilidade de ser pisado de novo. Na linguagem moral: humildade."
Friedrich Nietzsche
Friedrich Nietzsche
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
CANÇÃO DA DESPEDIDA
Já vou embora
Mas sei que vou voltar
Amor não chora, se eu volto é pra ficar
Amor não chora
Que a hora é de deixar
O amor de agora pra sempre ele ficar
Eu quis ficar aqui mas não podia
O meu caminho a ti não conduzia
Um rei mal coroado não queria
O amor em seu reinado
Pois sabia não ia ser amado
Amor não chora, eu volto um dia
O rei velho e cansado já morria
Perdido em seu reinado sem Maria
Quando eu me despedia
No meu canto lhe dizia
Geraldo Azevedo
Mas sei que vou voltar
Amor não chora, se eu volto é pra ficar
Amor não chora
Que a hora é de deixar
O amor de agora pra sempre ele ficar
Eu quis ficar aqui mas não podia
O meu caminho a ti não conduzia
Um rei mal coroado não queria
O amor em seu reinado
Pois sabia não ia ser amado
Amor não chora, eu volto um dia
O rei velho e cansado já morria
Perdido em seu reinado sem Maria
Quando eu me despedia
No meu canto lhe dizia
Geraldo Azevedo
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
SENTINELA
Morte, vela, sentinela sou
Do corpo desse meu irmão que já se vai
Revejo nessa hora tudo o que ocorreu
Memória não morrerá
Vulto negro em meu rumo vem
Mostrar a sua dor plantada nesse chão
Seu rosto brilha em reza, brilha em faca e flor
Histórias vem me contar
Longe, longe, ouço essa voz
Que o tempo não vai levar
Precisa gritar sua força ê irmão
Sobreviver, a morte inda não vai chegar
Se a gente na hora de unir os caminhos num só
Não fugir nem se desviar
Precisa amar sua amiga ê irmão
E relembrar que o mundo só vai se curvar
Quando o amor que em seu corpo já nasceu
Liberdade buscar na mulher que você encontar
Morte, vela, sentinela sou
Do corpo desse meu irmão que já se foi
Revejo nessa hora tudo que aprendi
Memória não morrerá
Longe, longe, ouço essa voz
Que o tempo não vai levar
Milton Nascimento / Fernando Blant
Do corpo desse meu irmão que já se vai
Revejo nessa hora tudo o que ocorreu
Memória não morrerá
Vulto negro em meu rumo vem
Mostrar a sua dor plantada nesse chão
Seu rosto brilha em reza, brilha em faca e flor
Histórias vem me contar
Longe, longe, ouço essa voz
Que o tempo não vai levar
Precisa gritar sua força ê irmão
Sobreviver, a morte inda não vai chegar
Se a gente na hora de unir os caminhos num só
Não fugir nem se desviar
Precisa amar sua amiga ê irmão
E relembrar que o mundo só vai se curvar
Quando o amor que em seu corpo já nasceu
Liberdade buscar na mulher que você encontar
Morte, vela, sentinela sou
Do corpo desse meu irmão que já se foi
Revejo nessa hora tudo que aprendi
Memória não morrerá
Longe, longe, ouço essa voz
Que o tempo não vai levar
Milton Nascimento / Fernando Blant
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
EU QUERO É BOTAR MEU BLOCO NA RUA
Há quem diga que eu dormi de touca
Que eu perdi a boca, que eu fugi da briga
Que eu caí do galho e que não vi saída
Que eu morri de medo quando o pau quebrou
Há quem diga que eu não sei de nada
Que eu não sou de nada e não peço desculpas
Que eu não tenho culpa, mas que eu dei bobeira
E que Durango Kid quase me pegou
Eu quero é botar meu bloco na rua
Brincar, botar pra gemer
Eu quero é botar meu bloco na rua
Gingar pra dar e vender
Eu, por mim, queria isso e aquilo
Um quilo mais daquilo, um grilo menos nisso
É disso que eu preciso ou não é nada disso
Eu quero todo mundo nesse carnaval...
Eu quero é botar meu bloco na rua
Brincar, botar pra gemer
Eu quero é botar meu bloco na rua
Gingar pra dar e vender.
Sérgio Sampaio
Que eu perdi a boca, que eu fugi da briga
Que eu caí do galho e que não vi saída
Que eu morri de medo quando o pau quebrou
Há quem diga que eu não sei de nada
Que eu não sou de nada e não peço desculpas
Que eu não tenho culpa, mas que eu dei bobeira
E que Durango Kid quase me pegou
Eu quero é botar meu bloco na rua
Brincar, botar pra gemer
Eu quero é botar meu bloco na rua
Gingar pra dar e vender
Eu, por mim, queria isso e aquilo
Um quilo mais daquilo, um grilo menos nisso
É disso que eu preciso ou não é nada disso
Eu quero todo mundo nesse carnaval...
Eu quero é botar meu bloco na rua
Brincar, botar pra gemer
Eu quero é botar meu bloco na rua
Gingar pra dar e vender.
Sérgio Sampaio
EU E A DOR
Tem dor que é pra gente carregar sozinho
E não dividir o pranto com ninguém
Por isso me deixa só nesse cantinho
Só eu sei pra minha dor o que convém
O pranto que rola tão forte no meu rosto
Você não vai entender, nem enxugar
Só eu sei de onde vem esse desgosto
Até onde essa dor vai me levar
Conheço esse mar... deixa meu barco, eu aprumo
Eu chego até lá... ô... ô... eu chego até lá
Antigas lições se fizeram pro meu mundo
Rochedo capaz de agüentar qualquer tremor
Cada guerra vencida nessa vida
Lembra o carro de boi, bom gemedor
O gosto do mel... apuro pela cabaça
Mamãe me ensinou... ô... ô... mamãe me ensinou.
Reinaldo
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
AMA O DESEJO E NÃO O DESEJADO
"Disse que suas motivações mais profundamente! Achará que jamais alguém fez algo totamente para os outros. Todas as ações são autodirigidas, todo serviço é auto-serviço, todo amor é amor-próprio. […] Parece surpreso com esse comentário? Talvez esteja pensando naqueles que ama. Cave mais profundamente e descobrirá que não ama a eles: ama isso sim as sensações agradáveis que tal amor produz em você! Ama o desejo, não o desejado.”
Quando Nietzsche chorou
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